A insegurança vivida pelo público feminino é ponto de partida para criação de negócios que oferecem diversos serviços
Por Isabella Cavalcante
06/08/2017 5:30 , ATUALIZADO EM 04/08/2017 19:56
Você, sendo mulher, abriria a porta de casa para receber um estranho sozinha? Na prática, é isso que ocorre muitas vezes, quando se pede uma pizza, a entrega do gás ou contrata-se o serviço de um faz-tudo.
Ana Luisa Monteiro, de 28 anos, teve uma experiência ruim ao pedir um botijão de gás. O homem que fez o delivery a assediou, deixando-a vulnerável e com medo dentro da própria casa. Depois desse episódio, e diante do machismo que sofria no mercado de trabalho como produtora audiovisual, ela se juntou à amiga, a arquiteta Katherine Pavloski, de 29 anos, para criar o próprio negócio.
Motivadas pela constante atmosfera de insegurança, Ana e Katherine abriram uma empresa de serviços diversos oferecidos por mulheres e para mulheres, a Mana Manutenção. Trata-se de um nicho em plena expansão.
Com slogan “Mana – mulher conserta para mulher” a ideia surgiu em 2015. A empresa de manutenção residencial faz reparos e instalações no geral. “Antes de abrir a Mana tive chefes muito machistas e dentro da Mana sofremos assédio de vendedores de lojas”, conta Ana Luisa.
Além do conforto e da segurança das clientes, o modelo de negócio baseia-se na sororidade. “União e solidariedade entre mulheres, com companheirismo e empoderamento mútuo”: essa é a definição do termo para a especialista em direito do trabalho, empreendedora social e diretora de relações étnico-raciais, gênero e diversidade do SINT-IFESgo (Sindicato dos técnico-administrativos da UFG, IFG e IF Goiano) Michely Coutinho.
As empresárias Ana Luisa e Katherine participaram do programa sobre negócios “Shark Thank Brasil” .